2- San Valentino (Campannina) – Premilcuore- Km 21
2- San Valentino (Campannina) – Premilcuore- Km 21
Depois de um farto café no refúgio de Silvia acompanhado de suas deliciosas geleias e produtos orgânicos saímos rumo à Premilcuore.
Sabíamos que estávamos caminhando nas montanhas onde aconteceram os violentos combates do final da Segunda Guerra Mundial e onde atuaram a Força Expedicionária Brasileira e caminhando pelos Apeninos, se tem a real dimensão do sofrimento dos nossos soldados ao enfrentar o inimigo em pleno inverno europeu.
O caminho sempre nos surpreendia com a exuberância da paisagem, muitas vezes parávamos para contemplar e retomar o fôlego, eu imaginava que logo encontraríamos um lugar para pegar água ou comer alguma coisa, mas nada, muito raramente víamos um carro ou uma bicicleta cortando o silêncio das montanhas. Perto das onze da manhã chegamos em Portico di Romagna cidade onde Dante Alighieri, conhece Beatriz Portinari o seu grande amor.
Eu elegi Portico di Romagna com cerca de 860 habitantes, como um dos mais belos burgos da Itália, é como se tivéssemos aberto a porta do tempo quando entramos na cidadezinha. Hoje eu teria ficado o dia todo e desfrutado daquele lugar e teria seguido no outro dia.
Na rua, pedi informação para uma mulher que vinha caminhando com um buque de flores, ela se chamava Donatella, belíssima pessoa, não só nos deu a informação, como nos levou até a ponte romana onde fica a saída da cidade, ao nos despedirmos com um longo abraço de velhas amigas ela pediu que nos lembrássemos dela e de sua netinha que estava por nascer quando chegássemos a Assis. Estranho que essas pessoas ficam poucos minutos na vida do peregrino e nunca mais nos deixam. Pegamos o caminho e fomos subindo e admirando o velho burgo que parecia mais um cenário de filme ficando para trás.
Na rua, pedi informação para uma mulher que vinha caminhando com um buque de flores, ela se chamava Donatella, belíssima pessoa, não só nos deu a informação, como nos levou até a ponte romana onde fica a saída da cidade, ao nos despedirmos com um longo abraço de velhas amigas ela pediu que nos lembrássemos dela e de sua netinha que estava por nascer quando chegássemos a Assis. Estranho que essas pessoas ficam poucos minutos na vida do peregrino e nunca mais nos deixam. Pegamos o caminho e fomos subindo e admirando o velho burgo que parecia mais um cenário de filme ficando para trás.
Olhando o mapa, vimos que mais uma vez tínhamos deixado para trás uma atração importante do caminho, o vulcano...um pequeno vulcão que permanece ativo no meio das pedras da montanha. Só nos restava rir do mapa que não conseguíamos interpretar. Uma coisa que nos chamava atenção, que tanto o mapa como algumas placas das trilhas da montanha se referem às distancias em minutos. Ao encontrar com as romanas uma delas falou que devia ser medida em minutos a cavalo, pois a pé, nunca iria fechar. O que serviu para nos animar com boas risadas.
Depois
de mais de 8 horas de caminhada chegamos a Premilcuore, no refúgio de Carla,
uma italiana muito simpática e disposta a dar todas as informações necessárias
aos peregrinos. Fomos os últimos a chegar e nos foi reservado o quarto de casal.
O refúgio fica em um prédio,na verdade é um apartamento, bem montado e com dois
banheiros. Premilcuore é outra
cidadezinha que dá vontade de ficar, o rio Rabbi , as casinhas medievais, o
bosque, e é considerada a porta de acesso
ao Parque Nacional da Floresta Casentinesi- (O "bosco" que serviu de cenário
para muitas fábulas infantis) .
Jantamos com o grupo e Carla em uma pizzaria no centro da cidade, que a noite
ficava mais bonita ainda.
Chegada em Portico da Romagna
Portico di Romagna
Donatella
Saindo de Portico |
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