10. Città di Castello - Pietralunga Km 30 Pietralunga 11. Pietralunga - Gubbio
Decidimos que pularíamos a 10 e 11 etapas :
10. Città di Castello - Pietralunga- Km 30
11. Pietralunga - Gubbio
Acordamos um pouco mais tarde que o costume, ajeitamos o que deu a bagunça no refúgio deixada pelos peregrinos que diga-se de passagem, nenhum fazia o Caminho de Assis, e fomos diretamente para Gubbio de ônibus, com nossas amigas romanas.
Como não fizemos o trajeto a pé, achamos que não deveríamos ficar no albergue, mas as romanas sabiam que o albergue estava totalmente vazio e que poderíamos falar com Dom Marco o padre responsável. E foi o que fizemos, Dom Marco é um jovem padre, e o albergue realmente estava " quase "vazio, havia alguns peregrinos no andar de cima, e o albergue tem vários quartos de 4, 5 camas e mais um salão com camas de campanha, banheiros feminino e masculino e uma cozinha. Mostramos a credencial ao padre e ele disse que ficássemos a vontade e selássemos a credencial.
Fomos conhecer a cidadezinha e ficamos apaixonados, ela serve como cenário para vários filmes e seriados de televisão, na verdade parece que estavamos no túnel do tempo e voltamos a Idade Média. A cidade de Gubbio faz parte da rota turística da Itália. Foi em Gubbio que São Francisco se refugiou, após a renuncia aos bens materiais.
"A origem de Gubbio é muito antiga, e suas colinas já estavam ocupadas na Idade do Bronze.1 Com o nome de Ikuvium foi uma cidade importante dos umbros, em tempos pré-romanos, tornada famosa pela descoberta das Tabulae Eugubinae, um conjunto de tábuas de bronze que constituem o maior texto sobrevivente na língua umbra.Depois da conquista romana, no século II a.C. ela manteve seu nome como Igúvio (em latim: Iguvium) )." http://pt.wikipedia.org/wiki/Gubbio
As peregrinas romanas haviam decidido que iriam seguir direto a Assis no dia seguinte e nós decidimos que iriamos procurar um hotel e ficaríamos mais um dia em Gubbio. Com essa decisão encerramos o nosso Caminho de Assis.
Apesar de estarmos um pouco triste por termos interrompido o caminho, sabíamos que naquele momento era o que nosso corpo pedia, principalmente os meus pés.
A cidadezinha situada ao sopé do Monte Ingino na região da Umbria nos acalentava e nos recebia, caminhamos o dia todo por suas ruazinhas, visitamos o museu, as igrejas que são várias, o coliseu que era o segundo mais importante teatro do Império Romano, podendo acomodar 6.000 expectadores. Em Gubbio não se pode deixar de conhecer as oficinas de artesanato como as de cerâmicas Maiólica e os sabonetes(perfumes em geral) e artigos de lã. Durante os passeios, como já vinhamos fazendo sempre que encontrávamos o sorvete italiano dávamos uma paradinha para saborear o "gelato artegianale" e o de Gubbio foi insuperável. E ainda encontramos uma festa medieval...
O coração da cidade é a Piazza della Signoria, onde se encontram os mais importantes edifícios, como Palazzo dei Consoli onde funciona o Museo Civico que vale a pena visitar e onde estão expostas belas cerâmicas que tornaram a cidade famosa e um pouco da vida cotidiana da Gubbio medieval, e também as Tavole Eugubine, tábuas de bronze do séculos I e II a.C, que tem grande importância porque é a unica fonte de estudo sobre a história, a língua que era anterior ao latim e a religião do povo umbro.
Em Gubbio existe um teleférico que liga a cidade ao Monte Ingino, quase mil metros acima do nível do mar e depois sobe até a Basílica de São Ubaldo. Durante o natal é armada na cidade a maior árvore do mundo.
No dia seguinte, as romanas foram direto a Assis e nós ficaríamos mais um dia para conhecer mais de Gubbio. Nos despedimos das nossas companheiras de caminhada com pesar, pois sem elas não teríamos chegando tão longe. Como em todas as despedidas o coração fica um pouco apertado e foi o que senti ao me despedir das amigas peregrinas. Pena que não tinha nada para oferecer a elas, uma recordação , qualquer coisa.Cada uma com seu estilo, Luigina, forte, determinada, protetora e Antonella, calma, sorridente e prática, duas italianas que conquistaram nossa amizade e espero revê-las um dia. Na saída Antonella volta até onde eu estava e me dá mais um abraço e me presenteia com uma bateria de celular portátil. Um gesto de carinho que eu não esperava.
Depois das despedidas fomos procurar um hotel, encontramos um bem no centro. Chegando no hotel, o gerente ao saber que éramos brasileiros fez questão de dizer que estava hospedada no hotel uma baronesa brasileira. Cada vez que nos via, ele queria chamar a baronesa, até que no final da tarde esperamos ela descer e fomos apresentados a Baronesa Soarez, uma brasileira que mora a trinta anos em Milão, uma pessoa singular, é artista plástica e curadora de exposições de arte. Foi uma pena não termos encontrado com ela antes, pois estava com uma exposição em Gubbio, nos deu o seu cartão e se colocou a nossa disposição para qualquer eventualidade em nossa estadia na Itália.
No dia seguinte pegamos um ônibus até Perugia e de Perugia à Assis.
Palazzo dei Consoli
Em Gubbio existe um teleférico que liga a cidade ao Monte Ingino, quase mil metros acima do nível do mar e depois sobe até a Basílica de São Ubaldo. Durante o natal é armada na cidade a maior árvore do mundo.
No dia seguinte, as romanas foram direto a Assis e nós ficaríamos mais um dia para conhecer mais de Gubbio. Nos despedimos das nossas companheiras de caminhada com pesar, pois sem elas não teríamos chegando tão longe. Como em todas as despedidas o coração fica um pouco apertado e foi o que senti ao me despedir das amigas peregrinas. Pena que não tinha nada para oferecer a elas, uma recordação , qualquer coisa.Cada uma com seu estilo, Luigina, forte, determinada, protetora e Antonella, calma, sorridente e prática, duas italianas que conquistaram nossa amizade e espero revê-las um dia. Na saída Antonella volta até onde eu estava e me dá mais um abraço e me presenteia com uma bateria de celular portátil. Um gesto de carinho que eu não esperava.
Depois das despedidas fomos procurar um hotel, encontramos um bem no centro. Chegando no hotel, o gerente ao saber que éramos brasileiros fez questão de dizer que estava hospedada no hotel uma baronesa brasileira. Cada vez que nos via, ele queria chamar a baronesa, até que no final da tarde esperamos ela descer e fomos apresentados a Baronesa Soarez, uma brasileira que mora a trinta anos em Milão, uma pessoa singular, é artista plástica e curadora de exposições de arte. Foi uma pena não termos encontrado com ela antes, pois estava com uma exposição em Gubbio, nos deu o seu cartão e se colocou a nossa disposição para qualquer eventualidade em nossa estadia na Itália.
No dia seguinte pegamos um ônibus até Perugia e de Perugia à Assis.
Tavole Eugubine, |
As Cerâmicas |
Praça dos 40 Mártires ( onde 40 inocentes foram fuzilados em uma ofensiva do Exercito Nazista) |
Vista da cidade |
Loja de sabonetes e perfumes |
O Coliseu |
O antigo teatro romano, hoje é utilizado para shows |
A lenda de Gubbio tps://prezi.com/kz3x8teeka1j/lenda-de-sao-francisco-e-do-lobo-de-gubbio/ |
Curiosidade: Vimos um vídeo no museu que contava sobre a mais popular festa de Gubbio no dia 15 de maio:
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